SOCIEDADE E EDUCAÇÃO DIGITAL E EM REDE

Docente: Doutor José António Moreira

 

II. INOVAÇÃO EM EDUCAÇÃO DIGITAL E EM REDE

Tema 1. Competências digitais, plataformas e ambientes virtuais

1. Educação Digital e em Rede
2. Ecossistemas de Educação Digital e em Rede

ENSINO HÍBRIDO MODELOS DISRUPTIVOS FLEX| A LA CARTE E MODELO VIRTUAL ENRIQUECIDO APRIMORADO

Estamos numa aprendizagem de novos conceitos, pelo que pesquisas online permitem-nos uma compreensão dos mesmos. O modelo chamado de Hyflex [nome une as palavras hybrid (híbrido) e flexible (flexível)], desenvolve-se através da sincronicidade e o protagonismo do estudante. Este pode escolher acompanhar a mesma aula de forma remota ou presencial. Isso significa, por exemplo, que parte da turma pode estar online e parte em sala de aula.
É uma realidade e tendência na evolução do ensino e da aprendizagem, e surgiu fruto do desenvolvimento das tecnologias da informação, potenciadas e validadas pela situação pandémica e que se avizinham essenciais para o público-alvo da Universidade dos Açores que está distribuída numa descontinuidade territorial, insular e arquipelágica.
O modelo Hyflex garante a qualidade do ensino porque promove no estudante um papel mais protagonista na sua formação, independente do formato, uma vez que o mesmo conteúdo está sendo assistido tanto no presencial quanto no online.
Um dos maiores desafios no modelo Hyflex, é a qualificação do corpo docente. Os professores devem conhecer as tecnologias e trabalhar com metodologias atuais que contemplem as duas modalidades – presencial e a distância – ao mesmo tempo. Isso exige um maior planeamento das aulas, o que diminui o espaço para o improviso. Afinal, é necessário que todos os estudantes sejam incluídos e tenham o suporte necessário para realizar as atividades.

A tecnologia tem um papel central, mas a metodologia e a figura do professor são mais importantes para prender a atenção – tanto de quem está a poucos passos de distância, quanto de quem pode estar do outro lado do oceano.
Muitas tecnologias podem ser incluídas no modelo Hyflex. Mas, o básico é que o estudante que está online consiga assistir as aulas com uma boa qualidade de som e imagem, fazer questões e debates com a turma, participando efetivamente de todos os processos.
Nesse sentido, alguns recursos podem facilitar a rotina das atividades. Por exemplo, salas com microfones embutidos, câmaras que seguem os movimentos dos professores e softwares que ofereçam possibilidades de integração à distância.

Podemos visualizar a sua apresentação neste vídeo de 22 minutos

https://www.youtube.com/watch?v=DPoKkkGKEbI


Inteligência artificial na formação em Enfermagem

O artigo "Artificial intelligence in nursing education: strengths and weaknesses" publicado pela Nursing Times em outubro de 2023, explora as potencialidades e limitações da inteligência artificial (IA) na formação em enfermagem. Este trabalho sublinha o crescente interesse na incorporação da IA nos currículos de enfermagem, destacando os seus benefícios e desafios.

Entre as principais vantagens apontadas, o artigo destaca a capacidade da IA em personalizar o ensino. Ferramentas de IA podem adaptar-se às necessidades individuais dos alunos, oferecendo conteúdos e exercícios ajustados ao seu ritmo de aprendizagem. Além disso, a IA facilita a simulação de cenários clínicos complexos, permitindo aos estudantes praticarem em ambientes virtuais seguros antes de enfrentarem situações reais.

Outro ponto forte é a melhoria na análise de desempenho. A IA pode avaliar as respostas dos alunos com precisão, fornecendo feedback imediato e detalhado. Esta abordagem não só ajuda na identificação de áreas de melhoria, mas também promove um processo de aprendizagem contínua e mais eficiente.

No entanto, o artigo também aponta diversas fraquezas na utilização da IA na educação em enfermagem. Um dos principais desafios é a falta de infraestrutura tecnológica adequada em muitas instituições, o que pode dificultar a implementação de soluções baseadas em IA. Além disso, há preocupações com a qualidade dos dados utilizados para treinar algoritmos de IA, que podem influenciar negativamente os resultados se não forem representativos ou precisos.

O artigo conclui que, embora a IA tenha um enorme potencial para revolucionar a educação em enfermagem, é crucial abordar os desafios técnicos e éticos associados para garantir uma integração eficaz e equitativa destas tecnologias no ensino.